15 de jan. de 2016

Alimentos orgânicos


Estava eu lendo uma noticia super interessante no site Carta Capital com o titulo de “A forma como você se alimenta é um ato político”, e achei tão interessante que resolvi compartilhar com vocês. Se trata de uma entrevista com a nutricionista Elaine de Azevedo, pesquisadora do Centro de Ciências Humanas e Naturais da Universidade Federal do Espírito Santo, ela acaba de escrever um livro sobre o assunto e deu uma entrevista ao site que vale a pena conferir, vou sintetizar para vocês e dar minha humilde opinião de amante/aprendiz da  área de gastronomia.

Elaine tem a interessante teoria de que a produção de alimentos orgânicos geraria uma melhora social extremamente ampla, visto que ao valorizar o agricultor (80% da produção de orgânicos é familiar) consequentemente a vida nas grandes cidades melhoraria no quesito desemprego, violência e poluição. E essa história de que os orgânicos não supririam a demanda mundial e pura balela inventada pelas grandes industrias de agronegócio. E que é preciso que tenhamos consciência dessas e outras coisas a respeito do assunto para que o financiamento do governo aumente para produtos orgânicos e os preços abaixem, atualmente o financiamento é de 25% para agricultura familiar e 75% para agronegócio.

Quanto ao alimento orgânico, a nutricionista diz que não possui maior valor nutricional, mas melhor valor nutricional, com valor nutricional mais adequado e equilibrado, ao contrário do que normalmente consumimos que muitas vezes se torna cancerígeno por causa dos venenos. Elaine ainda propõe duas coisas interessantes sobre a dieta da população:

1 precisamos reduzir nosso consumo de proteína;

2 dieta culturalmente ajustável;

Como assim? O mundo possui uma dieta alimentar mais ou menos padronizada, todos comem mais ou menos as mesmas coisas, e isso não é natural e nem interessante para nossa saúde (e convenhamos nem para nossa cultura). Como exemplo ela diz que o azeite por exemplo, não é gordura a ser usada nos trópicos, nossos óleos aqui são o óleo de coco e de palma.

E é aí que eu me vejo na área de gastronomia a procura de uma sobremesa em pleno Brasil, e só de pesquisar no google já dá pra ver que chove receitas com morango, cereja, etc. Pra achar uma com mamão, manga, carambola, acerola, e outras frutinhas nacionais é um custo! E nossas frutas são tão boas quanto. Acontece que estamos importando as frutas e as receitas, ao invés de ir naquelas árvores que encontramos no meio do caminho, colher e desenvolver nos mesmos nossa cultura e culinária local. Isso me assusta enquanto amante/aprendiz de gastronomia.


Convido vocês a lerem a entrevista e debaterem o assunto, depois disso fazer umas receitas muito loucas com coisas bem brasileiras e compartilhar com a gente. O que acham? Papo sério né? Mas é comida pessoal...comida! Comentem aí ;)

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